A chance escapou por entre os dedos um dia antes. Uma bobeada no último lance, quase com o cronômetro zerado, e o Fluminense via o Macaé assegurar a vitória por um ponto de diferença. O sonho de voltar à elite do basquete nacional seria definido nesta sexta-feira contra o Tijuca. Mas ficou pelo caminho. Os anfitriões ditaram o ritmo no último jogo do triangular de acesso. Passaram sufoco no último quarto, mas garantiram sua permanência no NBB: 81 a 76. De carona, levaram o Macaé, segundo colocado (assista aos melhores momentos).
- Ganhamos na experiência. Ninguém aqui tem contrato de dois anos, eles terminam agora. Demos o sangue para o Tijuca continuar no NBB mesmo sem saber se vamos ficar. Todo mundo aqui é sério. Tivemos uma temporada muito complicada. O trabalho começou atrasado, eu, Arnaldinho e Rodrigo Bahia tivemos problemas de lesões, houve troca de técnico. Acho que tudo isso atrapalhou um pouco. Foi uma temporada bem estressante psicologicamente - desabafou Fred, autor de 12 pontos e cinco assistências para o Tijuca na partida.
Para garantir lugar na próxima edição do NBB, o time das Laranjeiras precisava vencer para que as vagas fossem decididas no saldo de cestas. Se os anfitriões vencessem, estariam classificados ao lado do Macaé. Uma vitória do Fluminense por um a cinco pontos de diferença classificava o Tricolor e o Tijuca. Se o Flu vencesse por seis ou mais, avançava ao lado do Macaé. O argentino Juan Rivero, o Pitú, com 15 pontos e três rebotes, foi o jogador mais eficiente do time das Laranjeiras em quadra
Apesar de a equipe não ter alcançado seu objetivo, os torcedores tricolores aplaudiram o esforço de seu jogadores.
- Acho que o time foi muito ansioso e não encontrou o jogo em nenhum momento. Chutar aquela última bola foi uma decisão de jogo porque estávamos com três pontos de diferença no placar. Era importante chutar. Eu fiz e errei. Mas tinha que ter tomado essa decisão - disse o argentino Sucatzky, que fez dez pontos e deu duas assistências.
Do outro lado do ginásio, o elenco do Macaé também respirava aliviado, grato ao Tijuca, que contou com a pontaria calibrada de Cesar e Arnaldinho, cestinhas do jogo com 14 pontos cada.
O jogo
Arnaldinho pedia bola. Fazia cara de mau e batia no peito. Dali da linha de três não encontrava marcação. Nem ele, nem Cesar e Renan. Preciso nos arremessos longos, melhor nos rebotes, o Tijuca se distanciava na placar. Depois de abrir 7 a 0, viu seu técnico receber uma falta técnica, mas não se deixou abater. Estava concentrado e não demorou para fazer 25 a 14. A precipitação ofensiva custava caro ao Fluminense. Para piorar, o pivô argentino Torres foi para o banco após uma falta técnica, a sua terceira pessoal. Ainda assim, a equipe lutava. Miller chamava o jogo, e Gaspar tirava proveito de uma falta antidesportiva para se reduzir o prejuízo no fim do primeiro quarto: 25 a 20.
O alívio tricolor durou pouco. O time da casa estava arrumadinho e voltou a criar uma frente confortável (31 a 22). O adversário cometia erros bobos e desperdiçava boas chances de cortar a diferença. A torcida fazia a sua parte e empurrava a equipe, só que as tentativas de Sucatzky paravam no aro. O Tijuca dobrava a marcação sobre o armador argentino. Num desses lances, o jovem Pitico teve de deixar a quadra com o ombro direito deslocado depois de um choque com Sucatzky. O Tijuca tinha 12 pontos contra apenas cinco do Tricolor. Administrava, sem muitos sustos, a frente. Tirava proveito da falta de precisão ofensiva do Fluminense para ir para o vestiário com 37 a 29.
Na volta, duas infiltrações de Matão fizeram a arquibancada cantar ainda mais alto. O balde de água fria foi dado por Marcellus. Com bolas de três dele e de Arnaldinho, outra vez o Tijuca tinha o controle das ações (44 a 34). Matão, outra vez, respondia. Mas a diferença voltava a girar na casa dos 10 pontos. A ordem foi apertar a marcação. Ainda assim, o Tijuca encontrava espaços e terminava em vantagem: 59 a 49.
O Fluminense tinha só 10 minutos para garantir a sua classificação. E começou melhor o último quarto. Os chutes de três começavam a cair. A torcida sentia o bom momento e pedia a virada (65 a 59). O Tricolor queria jogo, ia para cima. Apenas três pontos o separavam do Tijuca (67 a 64). Éldio Meireles pediu tempo para colocar a casa em ordem. A resposta não era a esperada. Seus comandados pareciam sentir a pressão e se precipitavam no ataque. Já Matão não perdoava. Com um lance livre, Pitu cortou a diferença para 69 a 68. Fred fez, no entanto, o Tijuca respirar (71 a 68).
Logo depois, viu seu companheiro Rodrigo Bahia cometer a quinta falta. Torres foi lá e converteu os dois lances livre (71 a 70). Renan fez mais dois para os anfitriões. Restando 40s, Cesar se viu livre e chutou de três. Certeiro (76 a 70). Logo depois, Sucatzky foi para a linha de lance livre e desperdiçou um. Fred fez os seus dois e arrancou sorrisos de seus companheiros (78 a 71). Pouco depois, a arbitragem deu para o armador do Tijuca uma falta técnica. O Fluminense diminuiu (78 a 75). A 19s do fim, Torres sofreu falta e só aproveitou um lance. A arquibancada se calava.
Só voltou a se manifestar quando Cesar também desperdiçou um dos seus. No ataque seguinte, Sucatzky tentou um arremesso da linha de três que não deu nem em aro. Terminava ali o sonho do Flu de voltar à elite do basquete nacional.
CURSO ONLINE Basquete Educacional - Tudo que você precisa saber para dar aulas de basquete do absoluto ZERO!
Você não pode perder:
Guia completo GRÁTIS: Como ser um Professor de Esportes Eficiente . Transforme suas aulas de Esportes e sua carreira com essas dicas!Guia completo GRÁTIS: Esporte Educacional: Desenvolvendo o Potencial dos Estudantes .
Manual para Professor de Basquete
Nenhum comentário: