Oscar Schmidt, ex-ala da Seleção Brasileira de basquete, não mediu palavras para criticar o desempenho da equipe na Copa América masculina da modalidade. Com quatro derrotas em quatro jogos, contra Porto Rico, Canadá, Uruguai e Jamaica, a equipe ficou na lanterna do Grupo B da competição e deu adeus às chances de vaga no Mundial de 2014 da modalidade, em Madri (Espanha) - o que só pode ser revertido diante de convite da Fiba.
Para Oscar, o fracasso na Copa América da Venezuela abre caminho para uma fase de fracos resultados da Seleção Brasileira. A equipe, que ficou fora de três edições de Jogos Olímpicos (2000, 2004 e 2008), deve ter (falta de) sorte semelhante nos próximos Mundiais – após o torneio de 2014, a competição voltará a ser disputada apenas em 2019, em sede a ser definida.
"Ao invés de Olimpíada, é o Mundial. É o mesmo torneio de preparação. O Brasil sempre se classificou no Mundial, agora não. Desta vez, foi para a Olimpíada (de 2012, em Londres). Provavelmente, a gente não vai para os três próximos Mundiais", desabafou Oscar, em conversa por telefone com o Terra.
Ao ser questionado sobre as responsabilidades pela fraca campanha na Copa América, Oscar não teve dúvidas: "a culpa é de todo mundo". No entanto, o ex-camisa 14 foi rápido ao apontar o dedo para os principais culpados: os jogadores que pediram dispensa, o técnico Rubén Magnano, a Eletrobras (um dos patrocinadores principais da equipe) e a Confederação Brasileira de Basquete (CBB).
Em seu discurso, Oscar dá indícios de que os pedidos de dispensa da Seleção ocorreram em discordância a respeito do seguro que a CBB pagaria aos times dos atletas na NBA pela presença na Seleção. Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers), Augusto Lima (Ucam Murcia), Leandrinho (sem equipe), Lucas Bebê (Asefa Estudiantes, da Espanha), Marquinhos (Flamengo), Paulão Prestes (Franca), Nenê (Washington Wizards), Tiago Splitter (San Antonio Spurs) e Vitor Faverani (Boston Celtics) pediram dispensas, mas por diferentes lesões.
"A culpa é da Eletrobras, do presidente da Confederação (Carlos Nunes), são culpados quem não vem, quem não paga o seguro, quem não quer jogar na Seleção. São todos culpados", destacou Oscar, que fez questão de elogiar os jogadores "que deram a cara a tapa" – em especial o armador Marcelinho Huertas, do Barcelona.
Oscar ainda afirmou que a Eletrobras "diminuiu o dinheiro" investido na CBB às vésperas da Olimpíada de 2016, e afirmou ter cobrado o ministro do esporte, Aldo Rebelo, a respeito dos investimentos na modalidade. Além disso, afirmou que o trabalho de Rubén Magnano "tem que estar" em xeque após o fiasco na Copa América.
"Ele tem que estar sob pressão mesmo. Se ele não consegue colocar os jogadores da NBA (na Seleção Brasileira), a culpa é dele", resumiu.
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