Ensinar basquete não é simplesmente mostrar o movimento. É entender o que impede o aluno de executar o movimento corretamente, diagnosticar o erro e aplicar a correção certa no momento certo.
Nos primeiros anos do aprendizado, alguns erros técnicos aparecem com frequência, e ignorá-los pode criar vícios difíceis de corrigir depois. Vamos aos principais:
Drible com a cabeça baixa
Um erro clássico que compromete a visão periférica e a tomada de decisão rápida. O aluno que dribla olhando para a bola está restrito a um campo visual limitado — perde informações fundamentais sobre a movimentação dos companheiros, adversários e espaços abertos.
Correção: O professor deve ensinar desde o início que o drible é um instrumento para avançar no jogo, não um fim em si mesmo. Exercícios que forcem o aluno a olhar para frente, como dribles controlados com passe para companheiros em diferentes posições, ajudam. O uso de bolas maiores ou até bolas medicinais, em certos exercícios, também faz o aluno “sentir” a bola sem olhar fixamente para ela.
Passe sem objetivo claro
O passe não é só o movimento técnico — é parte da estratégia de jogo. Passes apressados, sem direção ou força adequada, atrapalham o ritmo e comprometem a fluidez da equipe. Muitos alunos passam a bola apenas para se livrar dela, sem pensar onde o companheiro está melhor posicionado.
Correção: Exercícios que simulem situações reais de jogo e forcem a tomada de decisão aumentam a consciência do aluno. Trabalhar o conceito de “passe para quem tem vantagem”, e o uso correto do passe de peito, quicado e por cima da cabeça é essencial. O professor deve enfatizar a precisão, a força adequada e o tempo do passe.
Arremesso desequilibrado
Arremessar sem base estável, com o corpo inclinado ou com o uso excessivo do braço, gera baixa eficiência e fadiga precoce. Isso geralmente ocorre quando o aluno tenta arremessar de longa distância sem dominar a mecânica básica.
Correção: É fundamental iniciar o ensino do arremesso próximo da cesta, com foco na postura, equilíbrio, uso das pernas para gerar força e a sequência do movimento do braço e pulso. Exercícios com alvos próximos, controle de equilíbrio e a progressão gradual da distância são a base para corrigir esse erro.
Defesa sem noção de espaço
Muitos alunos iniciantes e intermediários não entendem a importância do posicionamento. Estão sempre “grudados” no adversário, esquecendo a noção do espaço entre o corpo e o oponente, o que facilita a penetração e o erro coletivo.
Correção: Ensinar a postura defensiva correta — joelhos flexionados, base larga, peso nos dedos dos pés — é o primeiro passo. Depois, é importante trabalhar exercícios que desenvolvam a noção espacial, como marcação de espaço entre jogadores, prática de deslocamento lateral controlado e simulação de situações de ajuda e recuperação.
Por que isso importa?
Corrigir esses erros desde cedo é fundamental para evitar vícios difíceis e a perda de tempo que vem com a reeducação técnica tardia. Um professor que domina essas correções está construindo jogadores mais confiantes, eficientes e táticos — e essa é a base para o sucesso em qualquer nível.Quer continuar elevando seu nível como professor e treinador? A trilogia Mestre do Basquete está pronta para te guiar do ensino da iniciação até o alto rendimento, com conteúdo profundo, prático e focado no que realmente funciona.
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